Xavier tinha uns olhos enormes, em forma de amêndoa. Sempre que sorria, fazia-o através daquelas duas grandes amêndoas. Só depois é que o sorriso chegava aos lábios. Estes tinham a forma de uma gigantesca melancia. Não uma melancia inteira, claro está! Se assim fosse, o Xavier pareceria estar constantemente espantando quando, na verdade, era apenas uma criança sorridente. (…) Naquele momento, toda a sua atenção e energia eram necessárias para conseguir armazenar aquela nova informação. Agarrou nela e colocou-a numa minúscula gaveta do seu vasto cérebro, intitulada Palavras Caras. Aparentemente, o seu cérebro era muito bem arrumadinho, estava sempre tudo muito bem compartimentado e aconchegado. Era lamentável que o Xavier não dedicasse tanto tempo a arrumar o seu quarto como aquele que despendia nas arrumações do seu cérebro!” Com ilustrações encantadoras e um texto carinhoso, este livro celebra a relação especial entre um pai e um filho.